A BrasilAgro encerrou, no começo de dezembro, a colheita da cana-de-açúcar nas fazendas do Maranhão, Mato Grosso, Goiás e da Bolívia. Apesar dos impactos trazidos pelo El Niño, que aumenta temperatura na região Centro-norte do país e interfere no regime de chuvas, na média, a Tonelada de Cana por Hectare (TCH) da companhia ficou em 79. O melhor desempenho da companhia ocorreu no Centro-Oeste, onde o TCH bateu 103 toneladas.
O último balanço trimestral divulgado pela empresa aponta para uma produção estimada de 2,1 milhões de toneladas na safra 2023/24. A cultura da cana é cultivada em cerca de 33 mil hectares, o que representa 14% da área operacional da BrasilAgro.
“Foi uma safra em que a irrigação foi muito eficiente, com manutenção muito bem-feita na entressafra, garantindo maior disponibilidade mecânica”, afirma Luiz Otávio Longo, gerente de produção da BrasilAgro.
Apenas no Maranhão, a companhia conta com cerca de 17 mil hectares irrigados por sete pivôs centrais e dez lineares.
“Com a irrigação conseguimos atingir melhor produtividade, já que a cana bem estabelecida, com melhor desenvolvimento inicial, ela aproveita melhor a condição climática, a adubação e o controle de praga, que converte em um maior TCH”, explica.
Na Bolívia, a média produtiva ficou em 74,5 toneladas por hectare, acima da média nacional de 54 toneladas.
“Para a Bolívia, este resultado é muito bom, mas enfrentamos um período de muita seca e temperaturas altas, que impactaram no resultado. Em alguns momentos chegamos a registrar no campo 46 graus”, afirma o gerente.
Para a próxima safra, a companhia espera estabilidade de chuvas para o Centro-Oeste, podendo superar o ciclo de produção deste ano. “No Maranhão, com irrigação e controle de incêndios, avançamos com cana de primeiro corte em nova área e isso deve impactar no TCH da companhia”, finaliza.